IOF 2025: Entenda a Decisão do STF e Como Afeta Seu Dinheiro

IOF entenda a decisão do STF

IOF: O Que Mudou, o Que Não Mudou e o Que Isso Tem a Ver com Você

IOF entenda a decisão do STF Sabe quando parece que o governo e o Congresso estão jogando pingue-pongue com o nosso dinheiro? Pois é… o que aconteceu com o IOF nos últimos dias parece bem isso.

Talvez você tenha ouvido falar que teve um “decreto”, depois veio outro pra anular o anterior, aí o STF entrou no meio… e agora? O que vale? O que muda pra quem investe, viaja ou faz qualquer operação internacional?

Vem cá que eu vou te contar tudo isso de uma forma simples e direta ok.

Antes de mais nada… o que é IOF mesmo?

Vamos do básico: IOF é o famoso Imposto sobre Operações Financeiras.

Ele aparece sorrateiro quando a gente faz várias coisas:

  • Compra dólar ou euro na casa de câmbio
  • Usa o cartão de crédito no exterior
  • Faz empréstimo
  • Manda dinheiro pra fora do país

É tipo aquele tempero que ninguém vê sendo colocado, mas no fim muda todo o sabor do prato. Às vezes ele é pequeno, às vezes é salgado. E agora em julho de 2025, ele entrou num fogo cruzado danado.

O que rolou afinal?

O governo federal decidiu, por decreto, aumentar o IOF para algumas operações financeiras. Disse que era pra frear a fuga de dólares do país e ajudar a manter a estabilidade econômica.

Só que o Congresso não gostou. Achou que o governo exagerou, que não consultou ninguém e que tava indo longe demais Então, entrou com outro decreto pra anular o aumento.

Aí virou uma novela.

O Supremo Tribunal Federal (STF) entrou na jogada e, por meio do ministro Alexandre de Moraes, suspendeu os dois decretos: tanto o do governo que aumentava, quanto o do Congresso que anulava.

Resultado? Tudo voltou pro estágio anterior. Ou seja, as alíquotas antigas do IOF estão valendo de novo, pelo menos por enquanto.

Tá, mas o que mudou na prática?

Se você tá se perguntando “ok, mas isso afeta a minha vida?”, a resposta é: sim, dependendo do que você faz com o seu dinheiro.

Vamos por partes.

💳 Cartão de crédito internacional

O IOF aqui era de 4,38% com o decreto novo. Mas com a suspensão, voltou para 3,38%.

Se você costuma comprar em sites de fora, como Amazon, AliExpress ou reservar hotel lá fora, esse 1% faz diferença no final do mês.

Imagina gastar R$ 5.000 numa viagem? Com a taxa antiga, você pagaria R$ 169 de IOF. Com a nova (que foi suspensa), seria R$ 219. Dá pra bancar uma diária a mais ou uma boa janta.

💸 Compra de dólar em espécie

Essa é aquela troca clássica: você vai na casa de câmbio e compra dólar físico. A alíquota continua em 1,1%.

Não mudou nada aqui. Mas se o decreto fosse mantido, poderia ter subido, deixando a vida do viajante ainda mais cara.

📤 Enviar dinheiro pro exterior

Aqui tinha um aumento mais sensível. Muita gente manda grana pra filhos estudando fora, faz remessas pra investimentos, ou transfere via plataformas tipo Wise e Remessa Online.

O governo queria que o IOF subisse pra 3,5% nessas operações. Mas como o decreto foi suspenso, voltou pra 0,38%. Uma baita diferença.

Pra quem manda, sei lá, R$ 10.000, essa brincadeira pulava de R$ 38 para R$ 350. É o tipo de “ajuste” que dói no bolso sem anestesia.

Por que o governo quis subir o IOF?

Boa pergunta.

A justificativa oficial foi conter a evasão de dólares e garantir a arrecadação. Em outras palavras: o governo queria mais grana entrando nos cofres e menos saindo do país.

Eles também citaram que era uma forma de manter o câmbio sob controle. Com o dólar ameaçando subir, qualquer medida que desestimule envio de dinheiro pra fora ajuda a manter a moeda americana “na coleira”.

Mas… será que é só isso?

Alguns economistas dizem que a real intenção é bater a meta fiscal, já que arrecadar com IOF é rápido e não precisa de aval do Congresso.

Aí o Congresso reagiu, dizendo que o governo tava passando por cima deles. E o STF virou o árbitro da briga.

E o STF decidiu o quê?

Por enquanto: nada definitivo.

Na audiência de conciliação do dia 15 de julho de 2025, governo e Congresso não chegaram a um acordo. Foi tipo reunião de condomínio em que todo mundo fala e ninguém decide nada.

O ministro Alexandre de Moraes, que tinha dado a liminar suspendendo os dois decretos, vai agora decidir sozinho se:

  1. O aumento do IOF é válido
  2. O Congresso tinha poder de barrar esse aumento
  3. Ou se tudo volta a estaca zero mesmo

Então, estamos num limbo jurídico, aguardando a canetada final.

E quem investe? Como fica?

Ah, agora chegamos num ponto importante.

Quem manda dinheiro pra fora pra investir

Se você é desses que curte investir fora do país – tipo comprar ações nos EUA, aportar em ETFs internacionais ou abrir conta numa corretora gringa – o IOF afeta direto.

Esse tipo de remessa tava indo pra 3,5% de imposto. É muito.

Com a suspensão, voltou para 0,38%.

Isso é bom? Sem dúvida.

É uma bela economia e incentiva o brasileiro a diversificar, proteger seu capital contra inflação e até aproveitar oportunidades fora do país.

Mas…

Se o STF decidir que o decreto do governo é válido, esse custo vai subir. E aí o investidor precisa repensar se vale a pena fazer aportes pequenos, porque o imposto come uma parte considerável da rentabilidade.

E o investidor comum, no Brasil?

Pra quem investe por aqui mesmo – Tesouro Direto, ações nacionais, CDBs, etc. – o impacto é menor. Mas indiretamente, tudo isso mexe no humor do mercado.

Se o IOF sobe muito, pode haver menos entrada de dólar, o câmbio dispara, a inflação volta a assustar… e a bolsa costuma sofrer.

Então, mesmo que você não mande grana pra fora, o IOF mais alto pode bagunçar o coreto por aqui.

E agora? O que esperar?

Enquanto o STF não bate o martelo, o melhor a fazer é se planejar com base no cenário atual (alíquotas antigas) e ficar de olho nas notícias.

Se você tem planos de mandar dinheiro pra fora, talvez seja melhor adiantar essa remessa.

Agora, se sua ideia é viajar, talvez não faça tanta diferença. Mas é sempre bom ter clareza de quanto vai pagar de imposto – porque IOF é daqueles que ninguém avisa, ele só aparece no extrato te dando um tapa silencioso.

Prós e contras do aumento do IOF

✅ Prós (na visão do governo)

  • Ajuda a controlar a saída de dólares
  • Garante uma arrecadação extra e rápida
  • Pode trazer mais previsibilidade pro câmbio

❌ Contras (na visão de quase todo mundo)

  • Desestimula investimentos internacionais
  • Penaliza estudantes, famílias e pequenos investidores
  • Tira competitividade do Brasil no cenário global
  • Pode prejudicar o consumo de serviços e produtos no exterior

E por que tanta polêmica?

Porque não se trata só de imposto.

A treta toda também envolve quem manda em quê.

O governo diz que tem o poder de regular isso por decreto. O Congresso diz que não é bem assim. E o STF precisa decidir quem tá com a razão.

No meio disso tudo… estamos nós, os pagadores da conta.

Então, o que fazer?

Se eu puder dar um conselho meio “papo de amigo”, seria:

  • Acompanhe de perto. Esse tipo de decisão pode mudar de uma semana pra outra.
  • Planeje suas operações internacionais com antecedência. Se puder, antecipe.
  • Tenha um plano B. Pode ser abrir conta lá fora, usar plataformas com menos taxas ou buscar alternativas.
  • Seja estratégico. Às vezes, esperar alguns dias pode evitar uma pancada de imposto.

Pra fechar…

Esse rolo do IOF é só mais um lembrete de como decisões políticas mexem diretamente com o nosso bolso. E por mais que pareça algo distante, não é.

Se você investe, viaja, compra online em sites estrangeiros ou tem qualquer operação com moeda estrangeira, vale a pena ficar esperto.

A gente vive num país onde o jogo muda rápido. E quem entende o que tá rolando, joga melhor.

Se quiser, posso te avisar quando o STF tomar a decisão final. Só dizer.

Se curtiu esse papo, compartilha com quem também investe ou tá planejando viagem. Quanto mais gente entendendo esse tipo de coisa, menos a gente é pego de surpresa.

Autor

  • Quem sou eu? Sou Wiliam Gustavo da Silva, investidor há 5 anos e criador do Investidor Sem Fronteiras. Minha jornada no mercado financeiro começou com o desejo de alcançar liberdade financeira e explorar oportunidades além das fronteiras tradicionais. Acredito que investir não é apenas multiplicar patrimônio, mas também conquistar independência e viver com propósito. Aqui, compartilho estratégias, insights e experiências para ajudar outros investidores a expandirem seus horizontes e tomarem decisões mais inteligentes no mundo dos investimentos.

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